terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sonho! Leste Europeu 6 - Cracóvia - dezembro de 2005

Pessoas! Os últimos! Depois desses só no ano que vem! Cris e Bi, porfavor me confirmem a data do baile de formatura, tá impossível achar passagem...

Enfim, ultrapassada a aventura de sair de casa sem encontrar cia ou ter o teto sobre a minha cabeça, a primeira providência é comprar um cartão para ligar para a família e avisar que estou bem, esqueci-me completamente deles e se bem conheço a minha mãe, melhor mandar notícias logos antes que a Interpol venha me buscar (Mi, Re, Gi, Ká, lembram do Guarujá?!)

Entretanto, como na República Tcheca, na Cracóvia também são raras as pessoas que falam inglês, depois de inúmeras tentativas, desisto da idéia de cartão telefônico, mando um email mesmo e começo meu dia de turista pelo Wawel Castle!

Wow! Que coisa linda! Em menos de 2 segundos cessa a dúvida que martelava a minha cabeça, questionando-me se não era melhor ter ficado mais em Praga e ter ignorado Cracóvia.

E se na minha cabeça já estava tudo bem claro, parece que os céus lêem os meus pensamentos e resolvem "selar" a minha certeza. Nesta hora, a neve, antes calminha e esparsa, torna-se densa, espessa e agitada. É a primeira vez que vejo a neve cair do céu (já a tinha visto quietinha, depositada sobre as serras) e se os simples foloquinhos brancos já são capazes de causar alegria em qualquer pessoa, a visão do Wawel Csatle por detrás daquela tempestade branca, me arranca algumas lágriams. "Vai ser chorona assim em Pequim!" Nessa hora mais uma vez olho para o céu e agradeço por ter sido abençoada com uma visão perfeita. Me emociono e faço um filme com a máquina fotográfica, na tentativa de eternizar esse momento!

Passo a manhã e parte da tarde visitando o Castelo. Perdida em salas abarrotadas de tapetes e porcelanas dos séculos XV, XVI, XVII, XVIII e XIX. Aprendo um pouquinho da história da Polônia, da II GM, me encanto com quadros de pintores italianos e flamencos, sobretudo, me deslumbro com as armas decoradas em madrepérola e madeira e ironicamente são estes instrumentos capazes de tirar a vida de alguém, conjugados com toda a beleza do castelo, que me dão mais ânimo e vontade de viver, ao atestar mais uma vez a extrema capacidade e genialidade do ser humano. "Como pode o homem construir tantas belezas?"

Saio do castelo e me esbaldo em um retaurante chinês (já estava farta de cachorros-quentes) e sigo para o Bairro Judaico. Visito uma Sinagoga, vejo uma expoisção sobre o holocausto e me dirijo à Praça Principal de Cracóvia.

No caminho a Igreja de São Pedro e São Paulo, belíssima por fora, mas já fechada àquela hora, me convence da necessidade de se retornar à Crcaóvia em uma outra oportunidade, rsrs.

Finalmente chego à Praça Principal, belíssima, com um mercado do sec. XVI no centro, a torre da Prefeitura em um lado e uma deslumbrante Catedral em outro. Lembro-me de Praga, a arquitetura é bem parecida e me apaixono mais um pouco pelo leste europeu.

Com todas as demais atrações fechadas (maldito horário de inverno) ando pela cidade. Paro em um café, tomo um chocolate quente, abro meu diário e começo a escrever à luz de uma vela. Falta apenas um cigarro para completar a cena e torná-la plasticamente perfeita, entretanto, como odeio o gosto do tabaco, o jeito é me contentar com o creme do chocolate quente mesmo..rsrs.

O tempo passa, a noite cai, 22 e pouco e resolvo ir para casa, torcendo para me perder pelo caminho e é exatamente isso que acontece!

Um pub na Praça Principal me chama a atenção pela música, entro e está tendo um show de Rock, sozinha, hesito em ficar, mas aí me lembro que não sei quando voltarei à Cracóvia, pego uma mesa bem no centro do pub, peço uma cerveja (diga-se de passagem a melhor que já tomei em toda a minha vida, Lech), curto o show, o ambiente e as pessoas e quando as luzes do esptáculo se acendem, volto para casa, feliz, muito feliz, exageradamente feliz por mais um dia perfeito.

E durmo pensando que tenho que retornar à Cracóvia.

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