terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sonho! Leste Europeu 3 - Simplesmente Praga - dezembro de 2005

Mais um, só faltam 3...

No dia seguinte, finalmente chego ao centro de Praga, não sem antes ouvir uns gritos do motorista do ônibus (eles realmente acham que quanto mais alto falarem, maior será a sua compreensão), sentar ao lado de um doido que roda a cabeça e fala sem parar e ficar impressionada com a quantidade de chapéus de pêlos que vejo, até parece que estou no meio de um filme russo!!

Mal saio da estação do metrô (além do bus, tb tive que pegar metrô) e me deparo com outro mundo.

Os prédios são lindos, de uma arquitetura única e colorida, fico deslumbrada, acho Praga divinamente bonita, isso sem nem mesmo ter chegado ao centro, lembro da personagem da novela que dizia "cada segundo é um flash", ajo muito pior do que turista japonês e tiro uma foto por cada passo.

Meu encantamento pela cidade é tanto, qie mal ando uns 500m, paro em um cyber café para mandar um email para minha mãe e duas amigas (Kle, foi nessa hora que li seu email), dizendo que estou completamente apaioxonada por Praga e que meu desejo naquele instante era que meus dois dias nesta cidade durassem uma eternidade (novamente ela) e que eu me perdesse pelas ruas de Praga.

E por um tempo é exatamante isso que faço. Abandono o guia turístico que levava em minhas mãos e ando sem destino, seguindo a rota da beleza arquitetônica dos prédios de Praga.

Chego à Torre da Pólvora e ao deslumbrante teatro que fica ao seu lado, me emociono, tiro mais fotos e minha empolgação é tamanha que cometo a extravagância de comprar um ingresso para o Concerto de Música Clássica que teria à noite.

Sigo andando cada vez ,ais deslumbrada, Praga é um encanto, decididamente a cidade mais linda em que meus pés já pisaram, volto ao guia e visito os locais indicados.

A Praça Principal da cidade é magnífica, um reloógio enorme e ricamente decorado nos oferece a hora, fases da lua, signos do zodíaco, estações do ano, temperatura...OK, exagero um pouco, mas o espetáculo do mesmo, nos quais os doze apóstolos se revezam em diferentes janelinhas, enquanto uma caveira dança, balançando os sinos, atrai uma multidão.

Praga está insuportavelmente lotada.

Visito o Museu Histórico Judaico, na verdade uma série de sinagogas e o impressionante cemiterio judaico com lápides sobrepostas, cruzo a charmos Charles Bridge e chego ao Franz Kafka Museum, simplesmente o máximo.

Descubro que o grande ídolo cultivava um enorme conflito entre o que era (advogado) e o que gostaria de ser!! Me identifico um pouco, na verdade muito, e até tiro uma foto da frase exposta!!

Por fim, para encerrar a noite, faço um lanchinho na Praça Principal e sigo ao Concerto de Música Clássica, 70 minutos em que minha alma é transportada a outro mundo, me emociono e nesse momento me empolgo, crendo que o melhor destino para a minha vida seria estudar música clássica, me mudar para Praga, passar os dias lendo e escrevendo e tocar em uma orquestra à noite, sonhos, delírios!

Momentos de imensa felicidade, sublimes!

No dia seguinte visito a região do Castelo de Praga, é tudo lindo, a Catedral de São Vito magnífico, a Basílica de São Jorge encantadora, tiro fotos em frente à casa onde Kafka viveu e vou a pé, curtindo a arquitetura da cidade, até a Praça Principal.

Neste momento me frustro um pouco, ao ver que todas as atrações que ainda pretendia visitar já estavam encerradas (esse horário de inverno é terrível).

Então curto mais um pouco a Praça, nesse dia estava havendo um show de jazz e decido, ao menos por fora, visitar o Mozart Museum. A seguir passo na "Dancing House", uma construção pós-moderna, obra conjunta de um aqruitetyo americano e um esloveno e me despeço de Praga tomando uma bebida com Kristina, um amigo tcheco e o casal alemão também do Hospitality Club que chegara no dia anterior para ficar hospedado na casa dela.

Como tudo que é bom dura pouco, meus dias nesse paraíso chegam ao fim, é preciso tomar o trem para ir para Cracóvia.

Como definiria a cidade?

Bem, é uma cidade magnífica, musical, encantadora, que com suas cores evoca os tempos felizes da infância. Por vezes me sinto no cenário de um conto-de-fadas.

Praga é um sonho, sonho que se tem acordada, sonho real e na falta de palavras que a possam descrevê-la, encerro dizendo que se Apolo, o Deus da beleza, música e poesia, não estivesse encerrado na Mitologia Grega, Praga certamente seria o seu lar!

É isso, beijos!

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